Bulls no Draft – O melhor draft da história – 1984

O Bulls no Draft de hoje falará sobre um draft que gerou quatro dos melhores jogadores da história da liga, e dentre eles o Chicago Bulls escolheu o melhor, que gerou seis títulos para o time e é a maior lenda que já passou pela NBA.

O draft de 1984 é sem dúvidas o melhor da história. Muitos nomes surgiam naquele draft, que era o primeiro anunciado por David Stern, que assumira o cargo de manda-chuva a pouco tempo. Neste draft, muitos nomes estavam envolvidos. Um pivô islâmico que era muito grande e forte para sua idade era cotado como a primeira escolha. Um jovem ala-pivô que era muito baixo para jogar na posição mas era uma verdadeira máquina de pegar rebotes estava cotado dentre as 5 primeiras escolhas. Um jovem que foi uma arma muito importante na seleção americana, mas que já havia se contundido duas vezes na faculdade, demonstrando desde cedo sinais de que poderia não render muito na NBA (mas era um risco que o time que o selecionasse estaria disposto a cumprir) também estava entre as primeiras escolhas. E por último, mas não menos importante, um armador muito baixinho, mas com um chute de 3 muito bom além de ser um ótimo passador estava cotado dentre os 20 primeiros, mas sem interesse dos principais candidatos a pegar a primeira escolha. Esse foi o panorama desse draft.

Foi um dos drafts de mais “azar” para o pior time de todos os drafts até hoje. Pra você ter uma idéia, essa era a ordem cotada para escolher os jogadores antes do sorteio:

1º – Indiana Pacers

2º – Chicago Bulls

3º – Houston Rockets

4º – San Diego Clippers

É, o que aconteceu foi muito diferente disso. O pobre Indiana Pacers acabou ficando somente com a 18ª escolha, o Clippers com a oitava, e acabou sobrando para o Bulls a terceira escolha daquele fabuloso draft.

Draft 1984 – Bulls Picks

3ª escolha – Michael Jordan

37ª escolha – Ben Coleman

43ª escolha – Greg Wiltjer

Nota 1 – 10.0

Deve ser o único draft da história do time que receberá uma nota 10 duas vezes aqui nesse blog, mas é 100% justo. Afinal de contas, o Bulls teve a competência e inteligência para escolher o maior ídolo do basquete mundial, o homem que revolucionou o termo “enterrar” e colocou o basquete nas alturas, não só o basquete como o próprio time. Além disso, essa época era do tempo em que existiam 10 rounds de escolhas, mas como eu já disse uma vez, vou falar sempre apenas dos dois primeiros, que são os mais importantes, embora você provavelmente nunca tenha ouvido falar dessas duas escolhas do segundo round.

Ben Coleman era um pivô de Maryland que tinha médias de 15.8 pontos e 8.4 rebotes por partida e seria uma importante opção no desfalcado garrafão do Bulls para ajudar Michael Jordan, a mais nova estrela de Chicago. Wiltjer era outro pivô, cujas médias eram ainda melhores; 20.5 pontos e 10.5 rebotes por jogo, o que nos dá a conclusão de que o draft foi sem dúvida muito promissor. Afinal, o time poderia ter encontrado a base do time dos próximos anos, embora os dois jogadores do garrafão não tenham rendido como o esperado. Mesmo assim, foram escolhas muito boas que merecia créditos da parte de Jerry Krause.

Michael Jordan sempre esteve cotado para a segunda escolha, mas o Portland Trail Blazers não o selecionou, dizendo que ele era um jogador com características muito parecidas com as de Clyde Drexler, estrela do time. O Bulls ainda poderia escolher Charles Barkley, mas como o time havia planejado escolher um bom garrafão no segundo round, deu preferência ao perímetro no primeiro, escolhendo o maior jogador da franquia e talvez o maior jogador de todos os tempos na história do esporte, para a sorte dos animados torcedores.

Nota 2 – 10.0

O garrafão formado pelos jogadores que vieram no segundo round definitivamente não foi consistente e os jovens acabaram nunca tendo espaço suficiente no time de Illinois. Lembrando que essa nota não é pelos jogadores escolhidos, e sim pelo aproveitamento que o time faz deles de acordo com suas habilidades. Eles eram técnicamente fracos e o Bulls rapidamente os mandou embora. Mas nem que não fosse isso, isso nunca encobriria o sucesso que Michael Jordan fez no Bulls e impediria essa nota de ser menor do que 10.

Michael Jordan é sinônimo do Chicago Bulls. Até hoje seus fãs o aclamam e o idolatram, sendo o maior gênio da história do basquete. Seus seis títulos ganhados não representam em nada o que ele acrescentou não só para o Bulls, mas para o basquete em si no mundo todo. Sua enterrada clássica que lhe gerou dois títulos do Slam Dunk Contest é hoje o logo da sua marca e tatuagens para muitos jogadores inspirados em como ser Michael Jordan. Mike voltou após três títulos relativamente velho (não que fosse velho, mas não era mais aquele Jordan que voava mais do que todos, embora tivesse um arsenal maior de jogadas), encarou o caminho rumo ao título como um desafio até que finalmente pudesse ser agraciado como uma lenda da NBA e um dos 50 maiores jogadores da história da liga. MJ ainda tentou um retorno no Washington Wizards, mas não teve o mesmo sucesso que antes, pois as pessoas envelhecem, e Jordan não foge dessa regra.

Mesmo assim, o número 23 continua no coração e na saudade de todos os torcedores que viram esse homem jogar, junto com outras estrelas que fizeram do Bulls um ícone para a NBA que dificilmente será esquecido por todos que viram e que não viram essa lenda em quadra.

6 comentários em “Bulls no Draft – O melhor draft da história – 1984

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  1. Simply the Best!!
    MJ é o melhor e ñ tem como negar
    ta loko, o Portland deve ta querendo se rasga até hj por ñ ter pego ele

  2. Esse draft de 84 foi um absurdo em termos de talento.
    E nós torcedores do Bulls tivemos a chance de escolher não apenas o melhor jogador da história do basquete, e sim o melhor jogador da história de todos os esportes.
    Jordan é melhor que qualquer outro esportista que eu já tenha lido ou escutado falar.
    Pelo menos dos esportes mais conhecidos.
    Jordan é nitidamente melhor que Ali, Pelé e Gretzky. E eu estudei a carreira de todos estes que citei.
    Nenhum chegou no nível de Jordan.

  3. É a vida….

    Vamos ser francos que um pivo como Hakeem Olajuwon não se encontra facil na vida.
    Escolha certa do Houston.

    Agora o Portland não querer um outro “Clyde” no seu time…. uma burrice!!!!!

    Bom para os Buls, e para os que viram esse astro jogar.

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