Depois de duas temporadas sem ao menos chegar nas finais de conferência, Jordan e Pippen estavam motivados a levar o Bulls ao seu 4º titulo da NBA. Michael, que havia voltado ao Bulls no final da temporada passada, estava pronto para os 82 jogos. Além disso, o time recebia também uma nova força no garrafão: o Bad Boy Dennis Rodman, que veio do San Antonio Spurs (troca que enviou Will Perdue para o Texas).
A temporada havia começado e ninguém duvidava do potencial desta equipe. Mesmo assim, ninguém poderia prever algo parecido com o ocorrido: uma campanha impressionante, com uma seqüência de 18 vitórias seguidas e aproximavam-se do All-Star break com inacreditáveis e inéditos 41-3. O resultado final foram históricas 72 vitórias e apenas 10 derrotas. Não à toa, Phil Jackson foi eleito o melhor técnico da temporada. E Toni Kukoc ganhou o título de melhor reserva. O Chicago Bulls estava mais forte do que nunca. Entrava nos playoffs como grande favorito e sabia que tal feito não adiantaria sem a conquista do título.
Nos playoffs, o primeiro adversário era o Miami Heat, de Alonzo Mourning. Foram facilmente varridos em 3 jogos. O próximo desafio era contra os Knicks, adversário sempre duro nos playoffs. Mas desta vez, não causou grandes problemas aos “touros” de Chicago e caíram em 5 confrontos.
Nas finais de conferência, o adversário era o Orlando Magic. Os carrascos da temporada passada tinham um forte time liderado por Shaq e Penny Hardaway. Jordan queria vingar-se da eliminação na temporada anterior, quando perdeu a bola nos momentos decisivos do jogo 6 em que o Orlando eliminou o Bulls. Tal motivação apareceu no jogo 1: um massacre de 121 a 83. Rodman sozinho pegou quase a mesma quantidade de rebotes que o time inteiro de Orlando (21 a 28). Depois desse jogo, foram mais três vitórias em sequência e o Magic já era passado.
O Chicago Bulls, novamente, sentia o gosto de alcançar as finais da NBA. Seu adversário era o Seattle Supersonics, que também haviam feito uma excelente temporada. Após arrancar duas vitórias em casa, o time foi para Seattle e venceu o jogo 3 por 108 a 86, com 36 pontos de Jordan. Os “touros” estavam apenas à uma vitória do título, mas Kemp e Payton evitaram uma possível varrida e conseguiram duas vitórias, deixando a decisão para Chicago.
Com grandes atuações de Pippen, Rodman e Jordan, o Bulls venceu o jogo por 87 a 75, conseguindo seu 4º título. Mais do que uma conquista, foi um elenco que fez história e que deixou uma pergunta na cabeça dos fãs de basquete até os dias de hoje: houve um time que parecesse tão invencível quanto esse? Para Scottie Pippen, a resposta é não: “Acho que o Bulls de 96 foi a melhor equipe de tods os tempos. A marca de 72-10 fala por si própria. Tínhamos um jogo dominante, com uma defesa dominante e um ataque muito bom. O nosso jeito de dominar os adversários que nos fez separar de qualquer outro time.”
Scottie tem razão: nunca um time foi campeão da forma que aconteceu em 1995-1996. Somando os playoffs, foram 87 vitórias e 13 derrotas (melhor aproveitamento da história); nunca uma defesa tão forte foi vista em qualquer outro time que já levantou o troféu de campeão; conseguiram impressionantes 33 vitórias fora de casa; o banco sempre conseguia manter o ritmo imposto pelos titulares. Foi uma temporada que ficará para sempre marcada na história do esporte.
OS CAMPEÕES:
|
G |
PPG |
FG% |
FT% |
3P% |
RPG |
APG |
SPG |
BPG |
TO |
Michael Jordan |
82 |
30,4 |
49,5 |
83,4 |
42,7 |
6,6 |
4,3 |
2,19 |
0,51 |
2,4 |
Scottie Pippen |
77 |
19,4 |
46,3 |
67,9 |
37,4 |
6,4 |
5,9 |
1,72 |
0,74 |
2,68 |
Toni Kukoc |
81 |
13,1 |
49,0 |
77,2 |
40,3 |
4,0 |
3,5 |
0,79 |
0,34 |
1,4 |
Luc Longley |
62 |
9,1 |
48,2 |
77,7 |
0,0 |
5,1 |
1,9 |
0,35 |
1,35 |
1,83 |
Steve Kerr |
82 |
8,4 |
50,6 |
92,9 |
51,5 |
1,3 |
2,3 |
0,76 |
0,02 |
0,51 |
Ron Harper |
80 |
7,4 |
46,7 |
70,5 |
26,9 |
2,7 |
2,6 |
1,31 |
0,4 |
0,91 |
Dennis Rodman |
64 |
5,5 |
48,0 |
52,8 |
11,1 |
14,9 |
2,5 |
0,56 |
0,42 |
2,15 |
Bill Wennington |
71 |
5,3 |
49,3 |
86,0 |
100,0 |
2,5 |
0,6 |
0,29 |
0,22 |
0,52 |
Jack Haley |
1 |
5,0 |
33,3 |
50,0 |
0,0 |
2,0 |
0,0 |
0,0 |
0,0 |
1,0 |
Jud Buechler |
74 |
3,8 |
46,3 |
63,6 |
44,4 |
1,5 |
0,8 |
0,45 |
0,09 |
0,52 |
Dickey Simpkins |
60 |
3,6 |
48,1 |
62,9 |
100,0 |
2,6 |
0,6 |
0,15 |
0,13 |
0,93 |
James Edwards |
28 |
3,5 |
37,1 |
61,5 |
0,0 |
1,4 |
0,4 |
0,03 |
0,28 |
0,75 |
Jason Caffey |
57 |
3,2 |
43,8 |
58,8 |
0,0 |
1,9 |
0,4 |
0,21 |
0,12 |
0,84 |
Randy Brown |
68 |
2,7 |
40,6 |
60,9 |
9,1 |
1,0 |
1,1 |
0,83 |
0,17 |
0,45 |
John Salley |
17 |
2,1 |
34,3 |
60,0 |
0,0 |
2,5 |
0,9 |
0,47 |
0,88 |
0,94 |
LEGENDA: G= jogos, PPG= pontos por jogo, FGP= % dos arremessos de quadra, FTP= % dos lances livres, 3PP= % dos arremessos de 3, RPG= rebotes por jogo, APG= assistências por jogo, SPG= roubadas por jogo, BPG= tocos por jogo, TO= turnovers por jogo